quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Novidades

Finalmente terminei de postar sobre a viagem de agosto!
Depois de quase 5 meses, mas ainda falta a parte gourmet. yes!
Agora estou pensando em escrever sobre a viagem que fiz na virada do ano.
Espero não demorar tanto para escrever.

Em menos de um mês estarei de volta ao Brasil...

Muito triste voltar a realidade...

Kagoshima fim da viagem


13 dia
Partimos para Kagoshima. Última cidade. Em Kagoshima, fomos arrumar as malas. Tinha muitas coisas para levar de volta e ainda me arrependo de ter deixado algumas. Mas tirando isso, fomos ao cinema ver o filme de Rurouni Kenshin (Samurai X) e ao arcade tirar purikura. Isso é bem típico de japoneses e é legal tirar e brincar com as fotos. De noite, brincamos com hanabi e encontramos com duas amigas minhas brasileiras que moram aqui em Kagoshima. Fomos jantar em um restaurante supostamente italiano. Eu adorei o bolo da sobremesa e cantamos parabéns para mim.

14º dia
Acordamos um pouco tarde e fomos tomar café da manhã. De almoço foi Tonkatsu que é carne de porco a milanesa. Mas não é qualquer porco, o porco preto típico de Kagoshima é bem famoso. No restaurante em que fomos, o Maruichi, formam-se filas até em dia da semana. Muito gostoso, barato e a quantidade é muito satisfatória.
Andamos pelo Tenmonkan, que é uma rua de comércio e fomos comer mais um prato famoso em Kagoshima, o Shirokuma, que é uma raspadinha com frutas e leite condensado. Depois de comer o Shirokuma no Mujaki e tirar foto com o urso polar da vitrine da loja, fomos à estação central onde fica uma roda gigante. Da roda gigante dá para ver a cidade, o mar e o Sakurajima, um vulcão em meio ao mar logo em frente à cidade. De lá fomos para comprar o ingresso do ferry especial de verão. Que tem fogos de artifícios no mar. Como tínhamos um tempo fomos ao Dolphin Port, onde comprei lembranças que a minha avó tinha me pedido. O aquário não dava para ir, pois em 30 min ia fechar. Entre o aquário e o Dolphin Port, tinha uma parte com peixes que pulavam. Ficamos um tempinho olhando eles pularem. Quando voltamos para o ferry ainda faltava meia hora para poder entrar, mas a fila já estava enorme. E as pessoas estavam como se fossem fazer um piquenique, vestidas para matsuri e com coolers cheios de comida. Quando entramos no barco parecia mesmo que era um piquenique. Tinha vendas dentro do barco. Andamos pelos andares e comemos algumas coisas e brincamos nas barraquinhas típicas de matsuri. No final, a apresentação de fogos de artifícios foi esplêndida. Acabou tão rápido a nossa viagem. Voltando para a cidade ainda fomos pegar a mala que estava na minha casa e ainda fomos no karaokê. Cantamos por duas horas, mas não foi suficiente. No dia seguinte, a contragosto, levei o meu namorado ao aeroporto e me despedi dele. 




Kumamoto 12ºdia

Tomamos café da manhã e partimos para Kumamoto. Em Kumamoto, o que você mais ver é o Kumamon, o ursinho que é mascote da cidade que faz muito sucesso não só em Kumamoto, como por Kyushu afora. Para onde você olhar vai ter uma Kumamon sorrindo para você. Em Kumamoto, fomos para o maior vulcão ativo do Japão, chamado Monte Aso. Para chegar ao local foi curioso, pois pegamos 2 trens e quando fomos pegar o 3º trem nos avisaram que teríamos que ir de ônibus, não sei o que tinha acontecido mas o trem não estava indo até a estação de Aso, logo um ônibus estava fazendo o percurso do trem, mas acredito que já tenha se normalizado. De lá, pegamos um ônibus que subia até a metade do vulcão, mas calma... Fomos escalar montanha novamente? Não. Da metade fomos de teleférico. No topo tem um sistema de alarme que fecha a cratera para visitação caso estivessem saindo muitos gases vulcânicos gases do vulcão, mas esse dia estava tranquilo, com vento a favor. Estava chovendo e a fumaça dos gases quase não deixou que víssemos a água azul que fica no centro da cratera. No final da visita apenas, as condições melhoraram e conseguimos ver claramente. Neste local, tem uma estação onde tem muitas coisas do Kumamon. Ah, onde quer que você vá terá lembrancinhas da Hello Kitty ou do One Piece especiais da cidade. Em Kumamoto você deve experimentar o Ikinari-Dango. Muito bom, é um doce de batata doce com feijão. Eu gostei mais do tipo roxo.
Depois do Monte Aso voltamos para Kumamoto. Não tinha muito o que fazer perto da estação então ficamos andando pelas lojas (com muitos artigos do Kumamon), voltamos para o hotel, pois tivemos um pequeno imprevisto e à noite fomos jantar basashi, carne de cavalo crua. Eca? Tem que experimentar para saber. Depois compramos um bolinho para comemorar o meu aniversário. 
O Vulcão!

Basashi

Bolo improvisado

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Hiroshima 11º dia


11º dia
Acordamos um pouco tarde para pegar o primeiro trem. Logo aproveitamos para ir ao Ritsurin Kouen. Este parque é bem cuidado, considerado um dos 3 mais bonitos do Japão e vale a pena dá uma passadinha por lá. Pegamos o trem para Hiroshima. Usamos um app no iPhone que acho que já comentei só que o aplicativo dizia que teríamos que trocar de trem e acabamos descendo, mas era uma pegadinha. A estação que descemos só tinha duas linhas a de ida e da chegada. Descemos a toa, ficamos esperando por 1 hora o próximo trem passar. Depois pegamos o shinkansen que passa pela ponte. Vale a pena, pois a paisagem é bela.
Chegamos em Hiroshima, deixamos as malas no hotel Urbain Hiroshima Executive e fomos em busca do almoço. Em Hiroshima, o prato mais famoso é o Okonomiyaki. Tem em todo lugar do Japão, mas o de Hiroshima tem um modo de preparo diferente e não se compara a nenhum deles. Depois partimos para o Museu da Paz. Lá tem panfletos e informações escritos em português que contam a história de Hiroshima e um pouco do Japão antes da guerra, durante e depois. Tem objetos de quando a bomba foi jogada, pertences das pessoas e as informações que o museu traz não colocam o Japão apenas como vítima, mas mostram também o lado negativo que sua participação na guerra trouxe. É bastante comovente. Mas vale a pena, pois você o quão sofrido foi e faz você querer mais ainda que não sejam desenvolvidas armas nucleares ou que ocorra uma guerra mundial novamente. Uma parte cômica ou não é que tem um globo com uma escala que mostra a quantidade de armas nucleares dos países e a Coreia do Norte tem apenas uma interrogação. Depois do museu fomos para o Genbaku Dome, as ruínas de um prédio que foram deixadas da maneira como ficou após a bomba. Eu fiquei com medo no rio, onde inúmeras pessoas pularam e perderam suas vidas, ao sentir as queimaduras.  Talvez elas ainda estejam por lá sem saber que perderam suas vidas.
Depois partimos para Miyajima. Do Genbaku Dome pegamos um bonde e fomos para a estação de ferry. Durante o trajeto do ferry pegamos uma bela chuva que parecia sem fim, mas ao chegar já tinha parado. Em Miyajima tem veadinhos soltos pela ilha toda. Tem um aviso para não dar comida, mas pareciam que eles já eram bem acostumados com as pessoas. Uma lembrança de Miyajima além dos veadinhos seria o momiji manju. É também conhecido pela maior espátula do mundo, que acabamos achando ela, provavelmente porque as lojas já estavam fechando. O templo de Miyajima tem um torii no meio do mar. Na maré baixa, tem andar até o torii, mas na maré alta só de barco. Por termos ido um pouco tarde não deu para confeccionar nossos próprios momiji manju, mas se você estiver afim chegue antes das 3 horas da tarde.
Saindo de Miyajima, fomos para Iwakuni, que fica em uma província ao lado chamada Yamaguchi. Lá tem uma ponte que foi construída há 340 anos, chamada Kintai-kyo. Não foi usado nenhum prego para a construção dessa ponte, hoje após a reforma ela contem pregos. Mas se você olhar não acredita que uma ponte daquelas foi feita há tanto tempo.
Depois de passar pela ponte e ver que a loja de 100 sabores de sorvete já estava fechada, voltamos para Hiroshima e comemos de janta novamente Okonomiyaki.
Museu da Paz

Genbaku Dome
Miyajima
Veado de Miyajima

Iwakuni

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Osaka 9º dia - 10º dia - Tokushima

No dia seguinte, resolvemos saborear o café da manhã do café que tem dentro do hotel. O café da manhã era servido no Seattle’s Best Coffee (uma rede afiliada do Starbucks) no lobby do hotel e tinha desde pão até curry. Saindo de lá, fomos para Osaka.  Bem, em Osaka foi uma pequena aventura chegar ao hotel Toko City Hotel Umeda, pois não não ficava perto da estação principal (diferentemente de toda a viagem), mas a entrada do hotel ficava bem ao lado de uma outra estação. Era para irmos ao castelo de Osaka, mas resolvemos partir para o Museu de Takoyaki, onde almoçamos. O museu fica na saída da estação da Universal Studios. Tem um shopping com restaurantes, o museu e uma loja da Jump. Pra que? Namorado foi correndo para o lugar e ficou olhando cada produto que tinha lá, o que mais tinha era coisas da Elizabeth de Gintama e quase nada de Naruto, quem diria. Depois de uma compra razoável, resolvemos dar uma passadinha na Universal, só para dizer que passamos por lá.
Mas acabamos é entrando na Universal, após ver que os ingressos para entrar às 15h eram mais baratos. Quase não se tem fotos deste evento. Fomos a uma montanha russa, onde você escolhe a musica da viagem, mas isso tem que ser feito antes da partida, no meu caso não fiz isso e logo foi uma musica aleatória. Sinceramente, descobri que tenho medo de montanha russa, parece que você vai sair voado a qualquer momento. Mas não chega a ser uma fobia. Fomos ao brinquedo do Homem-Aranha, do Jurassic Park, do De volta ao futuro, que eu gostei mais. Estava tendo um evento especial de verão do One Piece no parque e tudo lá era do One Piece. E no final fomos ao brinquedo do Tubarão, que a fila estava enorme e quase estava no a hora de fechar o parque. Eis que algo acontece e foi avisado que o brinquedo ficaria parado por um tempo indeterminado. Mas resolvemos ficar esperando, mas como tiveram muitas pessoas que desistiram, quando reiniciou já éramos os próximos. Esse brinquedo foi divertido porque o meu namorado disse “agora vai aparecer bem do meu lado” e realmente apareceu, mas ele levou um susto tão grande, eu tive que rir. Saindo do parque fomos jantar. Ainda bem que fora do parque tinha restaurantes ainda abertos. 



10º dia - Tokushima
Acordamos tarde e corremos para a estação. Em Osaka, tem a loja do Pokémon, e fomos correndo. Depois, pegamos o ônibus em direção a Naruto. Não, não é do desenho, mas é da cidade onde tem redemoinhos. Descendo do ônibus estava uma ventania que só, com um tufão se aproximando. Eu estava meio de mau humor por não ter tomado café. Dez minutos depois que chegamos, percebi que tinha esquecido uma sacola no ônibus. Aí bateu o desespero e liguei para a companhia que me passou para outra que me passou para a companhia do ônibus. Ficou combinado de irmos pegar em Tokushima.
Depois desse fuzuê todo, fomos ver os redemoinhos. É um acontecimento natural. Neste local o fundo do mar é irregular, por isso acaba oscilando as ondas e formando a corrente. No dia que fomos o tufão estava por chegar e talvez por isso não foi possível visualizar direito, com a formação de pequenas ondas. Também por isso, preferimos não pegar o barco que faz o passeio passando através dos redemoinhos. Após quase 1 hora de observação na passarela que passa por baixo de uma ponte. Fomos comprar lembrancinhas do local. Aproveitando para almoçar também. Cada um pediu um prato de udon do lugar. E de sobremesa comemos gelatto de batata-doce e de limão. Gostei mais da batata-doce.
Agora começa a correria para buscar a sacola esquecida. Pegamos um ônibus para a capital da província, Tokushima. De lá tivemos que sair perguntado onde seria a garagem da empresa de ônibus. Ainda bem que foram simpáticos. Pegamos o ônibus e chegamos no local de noite, deserto, a beira do mar. Assustador. O moço que atendeu achou que estávamos de carro. Buscou a gente onde estávamos e ainda nos levou de volta a estação. De lá fomos para Takamatsu, deixamos nossas coisas no hotel e fomos jantar yakitori. O hotel onde ficamos, aliás, o AreaOne Takamatsu, tinha um quarto no estilo japonês super espaçoso, o maior em que ficamos disparado.





Kyoto - 8ª dia

Era para acordar mais cedo, mas o cansaço falou mais alto e acabamos dormindo mais que deveríamos. Mesmo assim prosseguimos com a nossa programação. Primeiro fomos ao Kinkakuji, o templo de ouro. Que de fato é folheado a ouro. Belíssimo. O castelo original foi queimado por um monge que não conseguia ver nada mais belo que o Kinkakuji. No final do passeio, tomamos maccha em uma casa de chá bem simpática dentro dos limites do Kinkakuji, que ajudou a refrescar.
Depois, fomos ao Kiyomizudera, onde tem um templo enorme com a varanda feita de madeira encaixada, fiquei imaginando como antigamente puderam achar uma madeira tão longa e reta. Neste lugar tem a água da juventude, onde você pode bebê-la e fazer um pedido. No final do percurso, tem um restaurante onde saboreamos mochi e tokoroten.
Próxima parada foi no Fushimi Inari-Taisha. Chegamos um pouco tarde neste local. Aqui tem infinitos torii (aqueles portais na entrada de templos xintoístas) e você pode pedir para colocar a sua apenas pagando uma taxa. Por aqui tinha bastante Kitsune, criaturas sobrenaturais do folclore japonês, parecidas com raposas, conhecidas como mensageiras do deus xintoísta da fertilidade Inari. Como fomos de noite o lugar ficou assustador. Saindo de lá, tivemos que comer Inarizushi, um sushi envolvido por tofu frito, nos arredores do templo. Segundo o meu namorado o inarizushi tem esse nome porque tofu frito é a comida favorita dos kitsunes.
O hotel APA Villa Hotel Kyoto-Ekimae tinha o quarto meio apertadinho, mas era bem próximo à estação e das maiores lojas do comércio. Nenhum superou o de Takamatsu que tivemos uma leve impressão que era para cadeirante. 
Maccha e doce 

Kinkakuji



Kiyomizudera




Tori de Fushimi Inari Taisha



Kyoto - 7º dia


7º dia
Partimos para Kyoto. No meio do caminho, acabamos fazendo uma burrada e descemos desnecessariamente do trem, tivemos que esperar por 1 hora para o próximo. Chegando em Kyoto, acabamos perdendo a visita ao Palácio Imperial e Kyoto, para o qual tínhamos uma reserva. Então fomos para o Ginkakuji, o templo de prata, que não é de prata. Para a locomoção tínhamos um cartão de ônibus comprados. 500 yen por dia. E sem o cartão seria 220 por ônibus. Pegamos carona em um jinrikisha para atravessar o Tetsugaku no Michi, um caminho à margem de um canal todo à sombra de cerejeiras, até chegar ao Ginkakuji. O valor é razoável e o nosso guia aguentou puxar bastante peso, foi bem simpático e explicou coisas sobre Kyoto no caminho. Foi bem legal. O Ginkakuji tem um jardim lindo, e o templo, por mais que não seja de prata, também era de admirar. Ah, em Kyoto tem mais de 300 templos.
Depois do Ginkakuji, fomos comprar lembrancinhas e resolvemos ir para um lugar chamado Gion, onde talvez poderíamos encontrar maikos (aprendizes de geisha). Andando pelas ruas com aspecto antigo, onde parecia que estávamos em um filme de samurai, achamos um lugar que tem um museu/teatro chamado Sake Gekkeikan. Foi interessante ver cada uma das apresentações das culturas mais tradicionais do local. E se você for estrangeiro pode até ser convidado a experimentar o maccha no local, feito na hora no palco. Saindo de lá, fomos à estação para jantar e confesso que me perdi lá. A estação é gigantesca e tem muita coisa. A área de alimentação ficava em um andar ao qual só se chegava subindo uma escada medonha ou de elevador escondido em Nárnia. Mentira, mas antes de chegar ao andar certo, passamos por uma parte obscura, onde havia casais se pegando. Quem diria que os japoneses se pegavam em “público”. Depois de muita perda de tempo, achamos o andar com restaurantes. Tinha até um restaurante de ramen com o meu nome. 
Ginkakuji




Maiko dançando

Ikebana

domingo, 13 de janeiro de 2013

Nagano 5º dia e Toyama 6º dia


Nagano 5º dia
Sem dormir nem nada partimos para Nagano. Loucos? Imagina! Pegamos mais trens e dormirmos bastante. Chegamos lá pelas 18h em Nagano, eu acho. Tentamos achar a praça onde foram entregue as medalhas olímpicas das Olimpíadas de Inverno de 1998, mas aparentemente não era tão perto, o cansaço venceu e desistimos. Resolvemos achar um lugar para comer e voltar para o hotel, já que era tarde, quase tudo fechado e estávamos exaustos. E só. Nagano ficou a desejar, né? Tem cartazes das Olimpíadas espalhados pela cidade e diversos ginásios onde foram disputados os Jogos.
Toyama 6º dia
Saímos de Nagano e fomos para a província de Toyama. Cresci em uma cidade do interior de Toyama chamada Toide, morei lá dos 5 os 11 anos. Quando chegamos em Takaoka, uma cidade maior próxima a Toide, já não reconhecia o lugar. Deixamos as malas em armários operados por moedas na estação de Takaoka e partimos para Toide. O trem para lá foi lotado de estudantes. Chegando lá, a estação não tinha mudado, continuava a mesma. Mas a cidade estava mudada. O local onde ficava a casa em que eu morava foi tinha uma casa nova. A escola que estudei também havia sido reconstruída recentemente. O pequeno supermercado que eu sempre ia foi demolido. Senti um vazio. Queria rever para lembrar, mas não pude. Claro que a escola estava precisando de uma reforma. E eu sabia que a casa não existia mais, mas foi bem estranho estar lá. A rua que eu achava ser principal estava parada. Se tinha 5 lojas abertas era muito. Não lembrava que a cidade era tão pacata.
De lá, voltamos para Takaoka e fomos visitar o Parque Kojo. Quando eu era menor, o parque era enorme. Mas em 30min podemos dar a volta no parque. Vimos também o Takaoka Daibutsu, uma das 3 maiores estátuas de Buda de todo o Japão. Takaoka também estava bem pacata, a cidade cheia de brilho parecia que foi esquecida no tempo.
Por fim, fomos para Kanazawa onde tínhamos reservado um hotel. Kanazawa foi o lugar mais surpreendente. A estação era enorme, moderna e tinha um Torii gigantesco, bem diferente. Foi uma das cidades mais movimentadas que vimos. O que mais impressionou foi que a maioria das coisas fechavam as 9 ou 10 da noite. Ou até mesmo antes. O que será que os japoneses fazem depois das 10? Vão dormir? Sem jantar? 

Montanha Fuji - 4º dia


Deixamos Tokyo para trás e fomos em direção ao Monte Fuji. Para chegar lá, acho que foram 2 baldeações. Na última, pegamos um trem todo decorado de Thomas, o trem, um desenho infantil famoso. Ao lado tinha um trem todo desenhado de caricaturas de Fuji. 
Ficamos em um hotel estilo japonês em frente à estação Kawaguchiko, o Kawaguchi-ko Station Inn. O senhor que nos atendeu foi super simpático. No almoço comemos o prato típico da região, o Hodou. Depois fomos ao lago e andamos de pedalinho. Quando vinham umas ondas causadas pelos barcos a motor, eu ficava meio histérica, parecia que o pedalinho ia virar, claro que meu namorado ficou rindo, né.  Perto do pedalinho fica um teleférico. Do topo tem a vista para o Fuji, mas o topo estava nublado no dia. O monte onde fica o teleférico se chama Kachikachi-yama, famoso por ser o palco de um conto japonês, que reflete em toda a temática do passeio.
Lago
Teleférico

A vista do Teleférico
Dormimos por uma hora. E nos preparamos para subir o Monte Fuji. Confesso que estávamos já cansados, dois dias andando sem parar, minhas pernas estavam gritando. Mas mesmo assim resolvemos subir. Pegamos um ônibus as 20h que nos levou à 5ª estação. A viagem demora aproximadamente uma hora. Chegando já se podia sentir um pouco mais frio, devido à altitude. Para usar o banheiro tem que pagar 50 yens. Na parede do banheiro tinha um papel de aviso escrito em inglês. Mas estava todo corrigido, achei engraçado isso. Na 4ª estação tem várias lojinhas, mas como chegamos de noite só tinha uma aberta.
Depois de uma pausa de 10 min ou um pouco mais, resolvemos subir, eu não tinha mapa na mão então fiquei com medo de não estarmos no caminho certo. Mas tinha um casal na nossa frente, o que me deixou mais calma. A subida no começo, bem no começo, era nada. Bem tranquila, apenas uma caminhada. Só a escuridão. Tanto que o meu namorado disse “se a subida for assim tá bom”. Mas claro que não seria tão tranquilo assim. Chegamos na 6ª estação e finalmente recebemos um mapa. A 6ª estação fica na altura de 2,390m. O caminho entre as estações era meio longo. Andávamos e andávamos e parecia que nunca iríamos chegar. Mas na escuridão, longe das luzes da cidade, podemos ver um céu muito estrelado. As nuvens que cobriam o Monte durante a tarde haviam ido embora para a nossa sorte. Acho que foi a primeira vez que vi um céu tão estrelado.  Da 6ª para a 7ª, a distancia é menos de 500m, mas por ser em ziguezague estipula-se demorar uma hora. Da 7ª estação até a 8ª, 400m de distância e está estipulado que demora 100 minutos. Por que? Muitos ziguezagues. Parece fácil, mas não é. Chegamos a ter que usar as mãos para subir, quase uma escalada. Da 8ª à outra 8ª estação começou o frio. Quem diria que em pleno verão de mais de 30°C sentiria frio como senti. Era necessário fazer breves pausas para descanso, mas ao parar, o corpo esfriava muito rapidamente. Foi uma situação estranha. Nesse ponto eu estava quase desistindo. Estava exausta. Obrigava a minha perna a andar. Fiz várias pausas. Depois dos 3,400m, na penúltima estação e já com alguma folga no tempo para chegarmos ao topo no horário que estipulamos, paramos para comer algo quente (antes disso, comíamos apenas alguns Calorie Mates, para repor a energia, e tomávamos água no caminho). Foi um alívio. Essa parada foi a que mais gastamos tempo. Fora essa parávamos por 1 ou 2 min, pois era importante manter um ritmo de subida. Chegando razoavelmente perto do topo, filas começaram a se formar para subir. Sim, tem muitos loucos a subir. E vão todos em agosto, única época do ano que as trilhas ficam abertas para a subida. Não sei por que no final não sentia mais dor nas pernas e pude subir tranquilamente. Ah, chegamos a usar o spray de oxigênio, mas não foi porque passamos mal. Era só precavendo mesmo, durante as pausas. Conseguimos chegar ao topo antes do nascer do sol. O que eu vi topo é indescritível. Sabe aqueles raios saindo dos desenhos do Fuji, como na bandeira do Sol Nascente? Pude compreender. A luz do sol antes de nascer faz o mesmo formato.  O horizonte ia muito longe, avistando inúmeras cidades. Tudo muito lindo que ficarão na minha memória pra sempre.
Um pouco do nascer do sol
O topo do monte
O pior estava por vir, a descida. O caminho era íngreme e cheio de pedras soltas e areias, logo bem escorregadio. Na subida fomos muito bem, mas na descida... todos nos ultrapassavam. E não conseguimos achar uma forma de descer sem nos preocuparmos com possíveis quedas.
Quando chegamos à 5ª estação, eu só pensava em entrar no ônibus e voltar para o hotel.  Nosso check-out era às 11h e queria muito chegar antes. E deu certo, as 10h e pouco estávamos no hotel e o senhor super simpático deixou que tomássemos banho e arrumássemos nossas coisas antes de fazer o check-out sem nos apressar. Ufa! O banho é um grande ofuro (separando homens e mulheres). Tinha uma vista incrível para o Fuji, ainda bem que naquele horário só tinha eu tomando banho.  

sábado, 12 de janeiro de 2013

Tokyo 3º dia -

Pela manhã, fomos à visita do Jardim Imperial de Tokyo. O lugar é enorme. Para participar, você tem que anteriormente fazer a reserva pelo site. As lembrancinhas tem que ser compradas antes do passeio, já do lado de dentro. O passeio demora em torno de 1 hora. Para os estrangeiros, tem um aparelho com fone para que o turista possa receber as explicações no seu idioma. Eu fui sem esse aparelho e não conseguia ouvir direito o guia então o meu namorado ficou de guia, passando o que ele ouvia pelo fone, só um pouco. Vale a pena vir visitar o palácio, moderno, mas com ar de tradicional, bem a cara do Japão mesmo.
Depois fomos ver o Gundam. Em Diver City Tokyo, um shopping em Odaiba, tem um Gundam em “tamanho real”. Muito impressionante e detalhado. Muitos turistas japoneses estavam lá para conhecer o Gundam e era possível ver o espanto nas caras deles. Ao seu lado fica uma loja de souvenirs, com fotógrafo e também um café temático, com muitas lembrancinhas dos robôs da série (veja mais na parte gourmet da viagem).
Acabamos perdendo a hora da visita ao Museu da Ghibli, pois nos esquecemos de que o ingresso vem marcado com o horário da visita. Saindo de Diver City Tokyo iria demorar mais de hora e faltava 10min para podermos entrar. Tentamos ir de taxi, mas o taxista mesmo recomendou que não seria adequado, pois estávamos bem longe do local. Então nos aventuramos de trem. Chegamos uma hora depois, achei que não iriamos entrar, mas caso uma situação desse tipo venha a acontecer com você, basta ligar avisando que chegará atrasado.
Vale muito a pena ir nesse museu. Não só mostram a história e o processo de produção dos filmes do estúdio Ghibli (famoso por filmes como “O meu vizinho Totoro”, “A viagem de Chihiro”, “O Castelo Animado”, entre muuuitos outros), como também a história dos filmes de animação no geral. É muito interessante. Na entrada, você recebe um pequeno pedaço de rolo de filme de verdade, com alguns quadros de um filme da Ghibli, que te dá direito a assistir um curta em uma sala de projeção dentro do museu. O museu também dispõe de uma grande loja de souvenirs bem variados relacionados aos filmes e personagens da Ghibli, como o Totoro. O lugar tem 3 andares e no alto, pelo lado de fora (onde é possível tirar fotos), tem o robô de Laputa. No térreo, também do lado de fora, tem uma área bem tranquila e agradável com lanchonete, inclusive uma cerveja do Vale do Vento de Nausicaa, outro filme do estúdio. Muito interessante. O museu é uma casa enorme. O que me surpreendeu é que, por mais que pareça pequeno o lugar, quando você entra ver que é enorme. Tem uma parte que fala sobre os filmes e com são feitas, outra mostra os desenhos e livros utilizados como referência para criar o filme. Tem escadas e várias exibições. Vale muito a pena.
E pela noite fomos ao Tokyo Skytree a mais nova atração de Tokyo. O Skytree é a torre mais alta do mundo atualmente. Ela é um pouco mais cara que a Tokyo Tower, mas a visão é esplêndida. Pena que tudo fecha um pouco antes das 21h. Tiramos uma foto para ficar de lembrança. Tem dois estágios de altura e é legal ir aos dois mirantes. Ela fica em cima de um shopping, onde é possível comprar lembranças da torre. Jantamos nesse shopping para comemorar o aniversário do meu namorado.
Castelo Imperial - Tokyo



Skytree

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Tokyo 2º dia - ficou um pouco longo

Acordamos razoavelmente cedo para irmos a Disneylândia. Já tínhamos os ingressos em mão. Antecipadamente, eu comprei os ingressos pela internet e tem a opção de entregarem os ingressos na sua casa, mediante pagamento de uma taxa. O interessante do correio do Japão é que você pode escolher a hora que eles entregam e sempre chega nessa hora. Inicialmente, iriamos na segunda-feira, mas a visita ao castelo imperial não abriria, logo tivemos que ir para a Disneylândia no domingo. Em plenas férias de verão japonesas. Imaginávamos filas quilométricas e que teríamos que priorizar alguns poucos brinquedos, mas confesso que foi melhor que esperávamos.
O café da manhã foi no Center Street Coffeehouse. Quando eu era menor, serviam panquecas com o formato do Mickey, mas hoje tem o desenho dele gravado na panqueca. O primeiro brinquedo que fomos foi o Space Mountain do Tomorrowland. Descobri que não sou muito fã de montanha-russa, mas nada que me impeça de ir. Às 9h da manhã, já tinha brinquedo com o Fastpass para 19h. Mas era só esperar 50 min para poder ir brincar nesses brinquedos.
Como funciona o Fastpass: no decorrer do dia, pode pegar esse passe para poder ir aos brinquedos sem pegar a enorme fila, porém tem tempo para isso, como uma reserva. O primeiro que pegamos era para 1h depois e o segundo 2h e assim as horas iam aumentando. Pegamos 3 passes, permitindo que passássemos à frente da fila nos brinquedos mais concorridos, o que ajudou bastante.
O que mais me surpreendeu na Disney foi que, por mais que você não desse nada para a atração, ela te levava para outro mundo. Quando você vê a fachada, você acha que a atração é pequena, mas na verdade é enorme o lugar. Surpreendeu-me bastante!
Parece que é comum as pessoas irem para a Disney e se vestirem de forma combinadas. Se for casal, a menina sua uma blusa da Minnie e o rapaz usa do Mickey ou da Margarida e do Pato Donald. Bem, não fizemos isso, mas acabei comprando um chapéu do Mickey com mullets. Tem tantas coisas lindas na Disney que se desse iria levar tudo.
Voltando ao assunto do parque. Não lembro a ordem, mas em Tomorrowland fomos para o Space Mountain, Monstros SA, Buzz Lightyear e o Captain EO. Monstro SA é bem para as crianças, mas superdivertido. Você tem que procurar pela Boo usando lanternas. Na atração do Buzz, você tem que derrotar o vilão atirando. Para cada símbolo que você consegue acertar tem uma pontuação determinada. Até a metade, eu estava ganhando, mas no final perdi. Captain EO é um filme 4D estrelado pelo Michael Jackson, produzido pelo George Lucas e dirigido pelo Coppola, feito nos anos 80, se não me engano. É muito bem feito para a época.
Critter Country não tem muitas atrações, mas o Splash Mountain é surpreendente. Como diz o nome, nesta atração é muito provável que você venha a se molhar, e no final tem uma fotinho de lembrança se quiserem, tem que pagar. Ficamos na primeira fileira do carrinho e nos molhamos mais que todo mundo, o que foi refrescante depois de passar o dia andando no sol do verão japonês.
No Westernland fica o Big Thunder Mountain, uma montanha-russa que você não dá nada para ele quando vê de fora, mas é bem rápido com curvas acentuadas.
Adventureland tem a atração do Piratas do caribe. Esse foi o que mais me surpreendeu, porque por fora não tinha ideia do que seria, parecia pequeno, mas quando a atração começa surgem cidades e mar, fogo e tiros, muito bem feitos. Realmente parece que você foi parar em outro mundo, dentro do filme.
Fantasyland tem o restaurante da Alice no país das maravilhas, eu fiquei bem curiosa para ir, mas a fila estava enorme. A minha atração preferida desde criança é a It’s A Small World onde tem bonecos representando vários países e culturas ao redor do mundo. A Haunted Mansion seria um castelo de terror, mas confesso que não é muito assustador, mas é muito bem feito, com fantasmas feitos de hologramas.
Toontown é a cidade onde A Minnie, o Mickey e os amigos moram, você pode entrar na casa de cada um deles e conhecer. O Roger Rabbit’s Car Toon Spin é bem divertido e um tanto psicodélico, você pode controlar para onde o carro vai girar.
Por último, tem o World Bazaar, onde tomamos café da manhã e também almoçamos. Almoçamos no restaurante chamado Eastside Café, valeu muito a pena! Recomenda-se fortemente fazer a reserva no restaurante assim que chegar ao parque.Ficamos até às 22h, que é quando o parque fecha. No final, nem sei como estávamos andando. Sei que corremos muito, mas não tínhamos noção de que isso viria a ser um peso mais a frente.